sábado, 30 de abril de 2011

"Juro que escrevo"

Só deixar fluir, momentos para refletir
é difícil e em déficit com background musical
Resta-me escrever para o nada
fones e olho na estrada

Objetivos traçados, tarefas concluídas
mas sem amor o dia acada em bebidas

frio e vazio
distante e constante
bate um órgão dentro do peito
a procura de um par perfeito

seleção, confusão, inquietação
e acredito acabar em uma redação

pensamento pessimista e simplista
nesses assuntos talvez meu alterego desista

incertezas no ar e alegrias para recordar
independência ou solidão
pense o que quiser

marcas que vem com a idade
mesmo assim tenho criatividade
tem algum jeito, sempre tem
quando eu descobrir, juro que escrevo
e no final ainda deixo um beijo

domingo, 17 de abril de 2011

"Mais um história de bobão"



Música de violão, acústico saindo
lanchonete cantando com um amigo
aquela era pra mim
assim começou
o tempo passou

agora dividimos o mesmo chão
fico pensando, matutando, calculando
e nós acabamos almoçando
paredes corroídas e garçonete bem vivida
comida caseira
parece besteira
exercícios e uma brincadeira

é mas parece não se importar
acabo por parar, olhar, aconchegar, abraçar

Música e uma velha sensação
Amanhã, vai acontecer
não me pergunte o que
posso me aborrecer

segunda-feira, 11 de abril de 2011

"shit, vazio"


Não quero mais procurar
pode simplesmente me dar?
Não vou me importar
que sufoco, é um grande teste de resistência
aja paciência, como faço para esse momento passar?
Basta sonhar, almejar ou pestanejar?
Não sei, desabei, desestruturei, cansei
mesmo assim não parei

Para que fazer essa música tocar
não posso fazer acabar
quanto não
não isso
não aquilo
deve ser por isso, achei o motivo

Fazer o quê?
Comer? Beber? Prever?
Não sei, me apaixonei, amei, chorei
mesmo assim perguntei.

E agora?
Sei lá, demora
mesmo assim não quero esmolas
ou é por inteiro, ou nada feito
Resta esperar, olhar, escutar e tentar
O que se sucede depois?
Algo bom, de bom tom, tomara
a vida não para
sim, um lugar do lado ocupado
sim, ficou mal acabado
sem clichês, shit!

"Monótono, pacato, aceito, desfeito"

Sem ato, segundos, até anos
passando tanto tempo
ficando assim sem sentir o vento
amor, não tem
calor, nem por um vintém

O frio na barriga, jamais
aquilo, para ela, era pedir de mais
bloqueio, sorteio, tanto faz, para ela não importa
Sorriso de consolação, mais um dia que fecha a porta

Como tudo aquilo era ruim
ela preferia não ter um rim
ter só o que comemorar, tim-tim

O dia da decisão, que coragem
sem o carro na garagem, alegria
uma separação sem emoção
ele não estava mais no seu coração
ali só cabia a razão

Que bom, sem bombom, uma reconstrução
a mulher de volta, a mãe sem revolta
nada a abala de novo
experiência, paciência, a licão do dia
como aquela mulher sorria

Ela finalmente sentia
animada corria, vivia
daquele rosto algumas lágrimas ainda caiam
mas não por ele
era por ela
era a tempestade passando
o dia clareando
uma vida se renovando.